XI Congresso Nacional de Cuidados Paliativos destacou o papel central da comunicação em saúde e os seus desafios
A Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP) concluiu com sucesso o XI Congresso Nacional de Cuidados Paliativos e o II Congresso Internacional, reunindo mais de 450 profissionais de saúde, investigadores e especialistas nacionais e internacionais em Aveiro, entre os dias 10 e 12 de outubro. O evento destacou-se pela diversidade e profundidade dos temas abordados, refletindo o papel essencial dos Cuidados Paliativos na saúde contemporânea.
A comunicação efetiva em saúde foi um dos temas centrais, sendo discutida como uma intervenção crucial que pode impactar de forma positiva ou negativa o bem-estar dos doentes e das suas famílias. O debate incluiu também a gestão da incerteza clínica, considerada uma realidade inevitável à medida que a doença progride, sendo fundamental que os profissionais de saúde saibam como abordar e gerir esta incerteza nas suas interações diárias.
Entre os temas mais inovadores e que geraram um feedback positivo entre os participantes, destacaram-se os cuidados a doentes LGBTQ+ e a introdução de terapias inovadoras em pediatria, nomeadamente a terapia assistida por animais, a intervenção na baixa visão e os avanços na farmacoterapia.
A Presidente da APCP, Enf. Catarina Pazes, destacou a importância deste congresso para a evolução dos Cuidados Paliativos em Portugal, sublinhando que foi um espaço de partilha, reflexão e crescimento profissional. “Precisamos de continuar a avançar na formação e integração de Cuidados Paliativos no nosso sistema de saúde, garantindo que todos os doentes, independentemente da sua condição ou orientação, possam ter acesso a um cuidado digno e humanizado,” afirmou.
O evento contou com a apresentação de vários trabalhos submetidos pelos participantes e de vários livros, destacando “O menino que se Zangou com a Morte” , de Enric Benito que foi lançado na versão portuguesa no Congresso.
Este congresso veio novamente reforçar o compromisso da APCP em continuar a liderar o caminho para garantir que os Cuidados Paliativos se tornem uma prioridade no sistema de saúde português, promovendo a qualidade de vida e a dignidade dos doentes.