Atos de Compaixão
Praticar a compaixão
Desengane-se quem considera que compaixão pelos doentes é ter pena deles. Desengane-se quem considera que compaixão pelos doentes e famílias é ter a capacidade de nos colocarmos no seu lugar. Desengane-se. Eu, sou eu, o doente é a D. Maria, é o Sr. Manuel. “Consigo imaginar como se esteja a sentir; posso calcular como esteja a ser difícil” – impossível - Como me coloco no lugar de um doente que acaba de receber o diagnóstico de uma doença oncológica se eu nunca tive esse diagnóstico?
A Música ao serviço da Compaixão
O uso da Música como intervenção terapêutica é utilizada desde a Antiguidade até aos dias de hoje, no entanto, somente após a Segunda Guerra Mundial se deu início à utilização científica da música como terapia. Hoje, em 20 anos de experiência ao serviço do Outro, usando o Som e a Música como ferramentas, constato que não existem limites que definam onde inicia e acaba o processo de terapia.
No passado dia 25 de Setembro, a D.ª Paula, fez 59 anos! A Compassio, através do projeto “Porto Compassivo - Uma comunidade que cuida até ao fim", não ficou indiferente a este dia! Em parceria com a associação "Pedalar Sem Idade" conseguimos que a D.ª Paula saísse de casa (já não o fazia há muito tempo) e fomos passear até à beira mar, um dos seus locais preferidos. A nós, juntou-se a nossa musicoterapeuta, Cristina Rodrigues, que cantou as músicas preferidas da D.ª Paula. Foi tão bom!!
Se a Esperança é a última a morrer, vale a pena viver a esperança comPaixão
“A esperança é a última a morrer”, é um célebre ditado popular com raízes na mitologia Grega e na igualmente célebre “caixa” de Pandora. Segundo o mito, Pandora foi a primeira mulher criada por ordem de Zeus (o Deus dos Deuses), enviada à Terra com uma caixa (uma ânfora) que não deveria abrir em nenhuma circunstância. Pandora não resistiu à curiosidade de abrir a caixa, e ao fazê-lo, trouxe ao mundo todos os males nela contidos, incluindo a dor e o sofrimento. Ao ver o resultado imprevisível da sua desobediência, Pandora fechou subitamente a caixa e deixou nela a esperança.
Num prédio antigo, um casal, com mais de 80 anos, era cuidado pelo vizinho do 3º andar: estabeleciam a interação com a ECSCP do ACES de Gaia; ajudavam na higiene, na alimentação e em pequenos serviços. Mais tarde, a esposa desse mesmo vizinho foi também ela acompanhada pela equipa.
Ser compassivo é fazer voluntariado...
Na tertúlia “Ser Compassivo, Estar Com Paixão – Comunidades Compassivas” dinamizada por Gaia Compassiva em maio, fomos presenteados com o testemunho de um ato de compaixão partilhado por uma das participantes. Esta, de forma simples, verdadeira e em amor, partilhou que lhe enche o coração fazer voluntariado, já o faz há muitos anos em contexto hospitalar e em lares para pessoas idosas.